Professor e Aprendiz
A atitude de aprender coisas novas é sensacional. O aprender dá sentido à vida, em todos os seus momentos. Perceber que podemos envelhecer vivenciando a alegria de aprender com mais profundidade, descobrindo novas perspectivas é maravilhoso. Muitas pessoas aprendem por necessidade, para sobreviver, para não ficar para trás, para ganhar dinheiro, mas quando deixam de trabalhar , costumam não se importar mais com o aprender. Quase sempre perdem a motivação de viver. Tornam-se previsíveis e passivos.
Com o professor não é diferente, além de ensinar temos que aprender e nos atualizar, esse aprender não se dá só através dos livros, podemos aprender muito na convivência diária com os alunos. Começamos buscar o conhecimento científico muitas vezes por necessidade, depois começamos a gostar de aprender, e esse gosto vai se desenvolvendo ao longo da vida. Neste sentido a escola tem um papel muito importante pois, se o professor incentiva a curiosidade, e a descoberta, o aluno desenvolve o gosto por ler e pelo aprender, passa a ir além do exigido, pesquisa por si mesmo e vai atrás de novos conhecimentos.
Quando pensamos em educação costumamos pensar no outro, no aluno, no aprendiz e esquecer como é importante olharmo-nos os que somos profissionais do ensino como sujeitos e objetos também de aprendizagem. Ao olharmos-nos como aprendizes, muda a forma de ensinar. Se me vejo como aprendiz, antes do que professor, me coloco numa atitude mais atenta, receptiva, e tenho mais facilidade em estar no lugar do aluno, de aproximar-me a como ele vê, a modificar meus pontos de vista.
Se quando eu penso no aluno, também me penso como aluno, além de adaptar-me ao outro, eu estou aprendendo junto, estou fazendo ligação entre informação, conhecimento e sabedoria, entre teoria e prática, entre conhecimento adquirido e o novo.
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